Importante como exercício de uma democracia, em verdade, nunca experimentada.
Importante sair às ruas e gritar protestando contra todos os abusos, e contra cada um deles.
Importante arrancar à força os véus da hipocrisia democrática e revelar que nossa liberdade termina na esquina de onde surge o pelotão de fuzilamento dos nossos sonhos.
Um protesto é muito, mas não é nada.
Pode-se quebrar uma turquia inteira e não se tira o poder do poder!!
Protestos de rua, marchas e catazes tem validade se forem entendidos como expressão, mas não são poder. O que causa mudanças não é gritar na rua, isso é expressão e sintoma; tá aí o Feliciano no cargo e continuam matando indios e gays!!!
O que causa mudanças não é abaixo-assinado, e nem votar nas eleiçōes já que as opçōes nos são "oferecidas"!!
Não somos livres. Como disse mestre Mujica: somos comandados pelo proprio sistema que criamos.
Reclamar na rua, apesar da importância didádica, é a prova de que aceitamos nossa condição de comandados. Nosso poder não é do grito, do voto, nem da paralizaçao completa; isto tudo está previsto na democracia liberalista consumista protofascista!!!! Achar que o berro muda alguma coisa sobre as estruturas do poder é santa a ingenuidade!!! Expressão não é ação eficaz.
Poder se enfrenta com poder!!!
A passeata é uma herança do sistema paternalista em que ainda estamos afundados. Somos adolescentes reclamando pros papais que não gostamos das regras e pedimos mudanças. Pedimos? Exigimos?? rs. Isso é assim aqui e no mundo. De fato nosso senso de coletividade mundial é imaturo.
As mudanças vem das mudanças de comportamentos; nosso poder é o economico, o poder de consumo. As bocas vão gritar e tomar pedrada até emudecer e nada vai mudar nada se continuarmos alimentando o poder com o dinheiro e a força do nosso trabalho, da nossa potencia. Quer gritar na rua? Grita, ajuda a provocar questionamentos e TALVEZ provoque mudança de comportamento.
Mas sem assumir as rédeas da propria vida conseguindo controlar seus vicios, suas dependencias, suas violencias, sem isso estaremos alimentando o poder desses que decidem os 20 centavos que estamos devendo!!! O dia que conseguirmos que duas mil, cem mil ou 3 milhōes de pessoas (como numa passeata gay) deixem de consumir um produto ou um serviço, ai sim os ratos sentados em tronos vão começar a se mexer!! Mexe no bolso deles. Não dos politicos porque são uns abobados, mas dos donos da nossa vida que não se incomodam nem um pouquinho com kilos de pessoas carregando cartazes!!!
Não, não acho que estamos mudando nada além de assunto no facebook.
Tomemos o poder mas não à moda da Revolução Francesa por favor!!! Trocar quem senta no trono?? Rsrs.
Vamos nos tornar adultos nos responsabilizando por nossas açōes individuais, porque é como individuos unicos que nos tornamos coletivos. Em grupo nas ruas somos massa e coletividade é bem diferente disso.
Haddad vai quebrar as pernas do movimento dando voz a ele, já que o Alckimim burro fez ele crescer com a repressão. Mas de fato nada vai mudar, nem nós mesmos. Estamos na ditadura ainda, não só pela reação policial mas pela nossa postura inocente que fortalece o paternalismo o tempo todo.
Não é para os governantes nossos gritos e cartazes, tem que ser pra nós mesmos, ou a passeata é uma palhaçada infantil.
Não queria estragar a brincadeira mas o buraco é bem mais embaixo. Sair nas ruas é fácil, e não me venha com esse papinho de vamos tirar a bunda da cadeira. Tirar a bunda da cadeira não é sair do facebook pra av paulista. É sair da zona de conforto criada para alimentar o sistema. Zona de conforto mental, comporta-mental!!
Vamos entender ONDE está nosso poder e aí sim conseguimos dominar o mundo!!
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