sexta-feira, 22 de junho de 2012

Rio+20 menos 1



Um índio morreu do coração
antecipando a volta dos nativos para suas casas, 
digo, ocas.

TUDO NO MUNDO TRIDIMENSIONAL REFLETE UMA EXPERIÊNCIA POLIDIMENSIONAL

Em outras palavras: NADA É POR ACASO!!

Esse é o primeiro saldo desse lixo de conferência!!!


A RIO+20 nem terminou e o saldo já é menos 1; e que UM!!! Um índio enfarta ainda dentro do evento.




Acho essa conversa de salvar o mundo uma falácia. Não que o mundo não precise realmente ser salvo, mas o caminho de salvação que seria mudança de padrões de comportamentos, não se define numa lista de 30 sugestões........ está óbvio pra todo mundo (menos pra quem não está óbvio) que o problema está na mudança de sistema político-econômico, ou qualquer iniciativa vai morrer na praia........



O mundo chegou ao fim e isso é fato!!! A data de 21 de dezembro de 2012 é real. A Europa está afundando numa gigantesca tsunami econômica e como em catástrofes naturais, os povos estão tendo que se unir pra se ajudarem. Mas os donos do mundo, que está afundando na sua antiga versão, estão fazendo de tudo pra se segurar nas "árvores" que restam e não serem levados pela correnteza. É nesse sentido que essa encenação de conferencia mundial e todo comportamento da ONU na maioria das questões mundiais, são cortinas de fumaça para retardar ao máximo o que realmente tem que ser feito, e que será feito mais cedo ou mais tarde.

E podem fazer as conferencias que quiserem porque as mudanças não vão vir, e nem podem, de cima pra baixo. Quem muda o mundo é a humanidade, a consciência coletiva e não as leis........... e a consciência coletiva está mudando rapidamente.

Nesse momento o melhor a fazer é continuar DISTRIBUINDO os instrumentos, as ferramentas como saúde, comida, casa, INTERNET, educação, possibilidades, alternativas.... e estimular ao máximo as organizações espontâneas e verdadeiramente democráticas entre as pessoas para qualquer objetivo. Grupos, associações, comunidades. Que as pessoas aprendam a resolver as questões mais próximas em grupos e democraticamente. Aos poucos uma nova sociedade vai se estabelecer em bases solidárias, porque solidariedade não se ensina na TV, ou proibindo sacolinha plástica.... solidariedade é um sentimento natural no ser humano que precisa apenas de terreno e condições para ser exercitada. Como foi previsto pelos grandes pensadores socialistas o sistema do consumismo é autofágico, é uma lógica natural... o socialismo não aconteceu porque não pode ser “implantado”, pois se ele se torna SISTEMA deixa de ser socialista.... e foi o que aconteceu: o que deveria ser o melhor exemplo de liberdade se transformou  nos piores modelos de tirania, ao ponto de preferirmos o capitalismo como caminho libertário. Mas o máximo que o capitalismo consegue é ser LIBERAL e isso não tem nada a ver com liberdade.....

Pelos resultados não totalmente consolidados da Conferência, muito pouco se andou. Pela magnitude do evento esperavam-se resultados mais profundos do que apenas a manutenção de uma postura idêntica à de 20 anos.

Parece que o mundo, na mente desses representantes (e de muitos representados) ainda está dividido em nações, ricos e pobres, isso e aquilo. Apenas quando os interesses são de ordem econômica, com possíveis prejuízos explícitos aos “donos do mundo”, é que nos tornamos um único povo da Terra, como tão bem denunciou Cristovam Buarque.

Há anos, quando perguntado nos EUA, sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia; o jovem americano introduziu a pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro:


"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a   internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado

          Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou
de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.

         Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveriam  pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.

        Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."


Não que não existam as nações e a pobreza, claro que sim; mas pensar o futuro seria pensar num único povo, com interesses únicos, a chamada: HUMANIDADE. Pode ser que o caminho para formar essa unidade seja, hoje, sugerir que os ricos que já exploraram muito, dediquem ajudas aos pobres, como se esse comportamento fosse um início da redistribuição da riqueza. Como seria bom se fosse assim. Mas não é e essa Conferência mais performática do que pragmática, está aí denunciando o quão difícil será um acordo entre povos tão diferentes, culturas tão diferentes, interesses tão distintos (quer dizer, os interesses são comuns: não entrar em acordo nenhum).



"Quando você perceber que, para produzir,
precisa obter a autorização de quem não produz nada;

Quando comprovar que o dinheiro flui
para quem negocia não com bens, mas com favores;

Quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência,
mais que pelo trabalho,
e que as leis não nos protegem deles,
mas, pelo contrário,
são eles que estão protegidos de você;

Quando perceber que a corrupção é recompensada,
e a honestidade se converte em auto sacrifício;

Então poderá afirmar,
sem temor de errar,
que sua sociedade está condenada".

AYN RAND - 1920















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