domingo, 6 de maio de 2012

FLAMENCO assassinado


Ontem, 05 de maio, estive na Feira Flamenca produzida pelas minhas queridas parceiras da Kabal. O evento está cada vez mais “profissa”: fiquei impressionada com o crescimento do comércio de roupas e afins. Acho que a maior qualidade do evento é a comunhão em si, ver tanta gente de grupos diferentes ali conversando, trocando idéias, trabalhos. Parabéns à organização e parabéns aos que participaram do evento, pois estão buscando uma integração importante pro crescimento da própria arte.

Essa integração inclusive foi um dos assuntos da mesa de debates que participei que tinha como tema a Ética no Flamenco e que acabou reafirmando a necessidade de maior integração entre a categoria “flamenca”.

Mas meu objetivo aqui não é falar da Feira nem da integração, e sim mostrar minha indignação quanto ao flamenco que assisti ontem. Antes de destilar minha crítica devo confessar que sou uma flamenca frustrada no sentido de ter dedicado vários anos da minha vida a essa arte, refletindo sobre ela, estudando, pesquisando e propondo caminhos, e ver ao final de tantos anos quanto o flamenco perdeu em qualidade e principalmente em criatividade.

Não entendo realmente, e sou amante dessa arte, como as pessoas conseguem ficar tantos anos fazendo a mesmíssima coisa!!!

É o flamenco que não muda ou são as pessoas que congelam ele?

Percebo que as pessoas que dançam flamenco estão totalmente despreparadas para o que fazem, seja pela falta de consciência corporal, pela falta de consciência cênica, de expressão, de energia, assim como pela falta de noção da própria arte flamenca.

Flamenco não é repetição.

Flamenco não é coreografia para simples reprodução. Flamenco é uma forma de ver o mundo e expressá-lo. Quando uma Rocio Molina aparece de calcinha e sutiã dançando flamenco ela não está inventando moda de figurino, nem mostrando as belas curvas; ela está discutindo seu mundo, propondo relações com o mundo que vive. Não é na roupa que está sua criatividade (porque nunca ninguém dançou assim vamos todos dançar de calcinha e sutiã), mas é na metáfora que propõe usando a roupa. Precisa ser artista pra entender como se faz isso!! Flamenco não é demonstração de passos feitos no ritmo!!! Acompanhados de cara dramática......

Passar o resto da vida dançando bailes de estruturas clássicas com vestidinhos de flores e sair por bulerias é congelar o flamenco e congelar a si mesmo!!! Vocês não se cansam? Eu estou de saco cheio de ver isso. “Ah mas são alunas”.... e daí? Alunas de que?

A estrutura de ensino do flamenco está uma tragédia!!! Ninguém renovou NADA. E não é pra renovar só pra renovar, nada disso porque assim fica pior ainda. É renovar porque o MUNDO mudou e como podemos expressar um mundo diferente do jeito que expressávamos há 20 anos? As danças estão alienadas do mundo em que as dançarinas vivem!!

Não vou nem comentar a tentativa de representação teatral poética que fizeram nesse dia pois me recuso; por que se metem a fazer algo que desconhecem totalmente?

O flamenco não é uma dança morta embora estejam fazendo de tudo para assassiná-la.

Nossa formação (a minha geração) em flamenco já era rasa, agora com todos os recursos que as pessoas tem com a internet, a vinda constante de profissionais e etc, as pessoas conseguem piorar o nível??? Que capacidade!!!

Ainda que alguns professores conseguem manter o nível técnico mínimo; dá pra ver no baile quem foi o professor.

Mas se a pessoa que está dançando não relacionar sua dança com sua vida, vira zumbi dançando flamenco morto. Onde o flamenco pretende chegar? Alguém se perguntou?

Há 20 anos atrás, não tinha internet, dançar flamenco era ir pra Argentina aprender algum baile, gravar em fita K7, e passar um ano dançando aquilo até ir pra Argentina no ano seguinte, ou dali 2 anos pra Espanha, e aprender outro baile. Aos poucos aquela geração começou a criar suas células de movimentos, uma letra aqui, uma chamada ali, os músicos arriscando falsetas. E depois de muitas idas e vindas pra Argentina e Espanha, trazendo raramente profissionais que tinham paciência com nossa brasilidade, a princípio argentinos e depois maestros como La China, é que aos poucos essa geração começou a ter condições mínimas para criar seus próprios bailes sem fazer tremer nos caixões os antepassados do flamenco (se é que não tremeram).

Os anos se passaram e o mundo mudou muito. Todos tem acesso a tudo. Bailarino espanhol implora vir ganhar dinheiro no Brasil e as dificuldades diminuíram muito. E como tudo tem dois lados, assim como algumas coisas ficaram melhores outras pioraram bastante.

Com tanta informação era lógico que a qualidade técnica melhorasse, mas não aconteceu porque com tanta informação agora todo mundo dança qualquer coisa sem critério. Pra repetir passos não precisa realmente pagar uma professora duas vezes por semana, é só ligar o Youtube, sai mais barato!

Com a globalização era lógico que o estudante de flamenco ou profissional adquirisse conhecimentos mais diversificados, de outras danças, outras linguagens, informação sobre corpo, fisiologia, enfim, etc, etc, etc.

Mas as aulinhas de flamenco continuam as mesmas?

Esse dias fui na escola do meu filho, ensino fundamental e vi que uma aula de historia não tem mais um professor falando, escrevendo na lousa ou lendo o livro didático; o cara abaixa um telão e com seu laptop  ele abre vídeos do Youtube pra explicar a pré-história; anota as informações do aluno no ipad dele que calcula os pontos do trabalho, da prova, da participação... e meu filho faz lição no Google, trabalho em grupo pelo facebook, ou vê via satélite no Google maps o que é uma estepe, savana ou floresta tropical, para aula de geografia!!!!

Isso é só um exemplo de como um professor dessa área foi obrigado a mudar sua linguagem para dar uma aula “pré-historica”, e o quanto de recursos pode ter para que o conteúdo seja assimilado de outras formas!!!!!!!!!!

Voltando para aulinhas de flamenco: não há como estabelecer novas formas de relacionar sua dança com sua vida se isso não começar pela sala de aula, por como vc TROCA o conteúdo com seu aluno. Ficar diante do espelho passando bailes sempre, só mudando o baile é ter morrido e esquecido de deitar!!! E olha que nem estou discutindo a partir dos novos conceitos da didática que discute que o ensino deve ser uma troca de saberes e portanto o flamenco deveria ser resgatado e não ensinado..... mas vamos pular essa parte por enquanto.

É fundamental relacionar-se com o mundo. Precisa passar bailes do Youtube na aula para se modernizar? NÃO. Sim e não. Passar bailes do Youtube na aula ou indicá-los para os alunos é o MÍNIMO indiscutível. Mas é preciso passar vídeos do Youtube sobre tribos africanas do Zimbabue (chutei qualquer coisa) que fazem rituais de acasalamento batendo os pés. É preciso mostrar danças indianas, cantos judaicos, ritos de passagem indígenas... ouvir músicas de outras etnias tentando marcar com as palmas seus ritmos... discutir dança contemporânea e seus caminhos, ver Martha Graham, Pina Baush. Fazer aulas de consciência corporal e ver vídeos sobre o funcionamento da coluna, dos pés, dos quadris.... um workshop de pranayama e discutir a respiração na dança, não só pra não sufocar (flamenco adora dançar sufocado) mas também para integrar o movimento ao espírito!!!!!!!!! Enfim, nosso mundo hoje não segue uma linearidade, estabelecemos relações descontínuas, aos saltos, plurais.

Um bailarino hoje tem que estar eletrizado por questões étnicas na dança; não é mais foco de estudo o que aconteceu com os ciganos quando nasceu o flamenco. Isso é “book one”. As questões se universalizaram. Enquanto vocês se preocupam com o som do tacón na madeira, o Galván está dançando sobre uma chapa de metal!! Por que? Alguém se perguntou por que ele mudou de chão? Não é um efeito visual ou sonoro como a Eva faz dançando na chuva. Não. É uma discussão com sua realidade, urbanidade. Ou dançar sobre areia.... Ele se sentou para pensar qual é o novo chão do mundo moderno pra ele colocar no seu show? Talvez sim, talvez não, tanto faz, ele está vivo e se relacionando com o mundo externo e interno dele e, portanto CRIA a metáfora intuitivamente. Como dançar uma seguiriya dentro de um caixão!!

Insisto: entrar numa sala, repetir bailes, diante do espelho está transformando bailarinos flamencos em esteriotipos; daqui a pouco vão dançar o lago dos cisnes por martinete!!! Tem a parte técnica que precisa ser repetida incansavelmente sem invenção nenhuma? Claro. Mas estudar técnica hoje tem muitos caminhos mais integrativos, holísticos.

Não estou dando fórmulas ou soluções, dei alguns exemplos apenas porque as soluções vão surgir de reflexões sinceras, da destruição de padrões de comportamento, destruições doloridas, desapegos. As soluções nascem do medo, do ERRO, como já discuti em outra oportunidade. E aqui não me refiro só aos bailarinos mas aos músicos também. Não só ao trabalho como professores, mas como profissionais. A todos nós que pensamos e fazemos flamenco.

Não finjam que é assim porque o aluno iniciante precisa disso. É assim porque poucos entre os profissionais de flamenco no Brasil são artistas, famintos, expressivos e competentes. Olhe para seus alunos dançando e SE responda: você tem orgulho do que estão fazendo? Sem dar desconto porque são iniciantes: tem orgulho? Olhe para seus alunos avançados, neles está você, seu trabalho. Compare para crescer, não para disputar. Busque novas informações, crie grupos de estudos, não transforme seu trabalho com flamenco apenas num "ganha pão". E se quiser que seja só isso então só deixe suas alunas dançarem para o papai, a mamãe e o namorado. Não precisa ser profissional para fazer um bom trabalho com flamenco, com decoração ou vendendo pregos!!! Precisa levantar do caixão e voltar a viver!

Perdóname.

4 comentários:

  1. Olá Daniela, como vai ? Meu nome é Cassia Daud, sou aluna iniciante, e estou aqui não para entrar em choque com seu posicionamento, pois não tenho competência para isso. Sou publicitária e advogada, meus conhecimento se aprofundam em outras searas...tampouco estou aqui para fazer defesa de outrem, vez que cobro para fazê-lo e somente o faço em juízo. Estou aqui por mim, pois eu estive na Feira Flamenca e dancei ! A "morte" do Flamenco me assusta um pouco, mas como eu conheço a arte há somente 01 ano, e estou em outra cidade (sim, saí de minha amada Vila Mariana em São Paulo, mas em breve retornarei....) e foi aqui, em outra cidade, fora do suposto reduto, onde me apaixonei pela arte. Se nos falta expressão corporal e facial, concordo que devemos nos aprimorar e buscar por elas. Mas não estive ali para me apresentar para papai, mamãe e filhinho, mas para vocês, profissionais, e para os leigos, a maioria esmagadora daquela platéia...ali estavam os sócios do clube, num fim de tarde passando para ver do que se tratava....não vi uma imensa massa de profissional, mas pessoas COMUNS QUE NOS ASSISTIRAM....não estamos em Sevilha, estamos no Brasil, portanto, este sempre será o público que nos prestigiará...assim como no Teatro, que eu adoro, mas não sou atriz, portanto assisto pela emoção e pelo prazer, e não pela minha apurada crítica teatral, coisa que não tenho....como aluna de Flamenco, fui citada como um esteriótipo....pode ser....não sou "profissa", mas dancei com uma grata emoção, fiz minha maquiagem com frio na barriga, usei um figurino lindo, porque não acho legal saber dançar e usar um paninho simples sem graça sobre o corpo, acho legal sim vestido de florzinha....lembrando, sou publicitária e eterna estudiosa da área, e sim, a aparência é muito importante também. Não estou indignada, entendi perfeitamente seu posicionamento, entendi claramente seus apontamentos, só me fez aumentar a curiosidade pela arte que foi "assassinada", pois quero conhecer por você e pela Reiros a arte "viva" que você propõe. Só quem fala com tanta propriedade pode fazer esta mudança. Aqui vos fala uma futura aluna da Reiros, uma pessoa curiosa e interessada na sua proposta, na forma holística de que fala de como deve ser a dança. Levarei comigo a mesma emoção que levei para a nossa apresentação na feira. Acho que antes de expressões faciais e corporais, preciso levar comigo minha alma. Jamais vou me frustrar. Se a legislação precária, se a justiça lenta e nem sempre justa, só me fazem amar cada dia mais a minha profissão, não posso jamais virar as costas para algo que me desafia e apenas criticar. Eu tenho que fazer a diferença no mundo jurídico, e não o mundo jurídico já assassinado me fazer olhar sobre os ombros e lamentar os esteriótipos forenses. Neste ponto, não se fruste, faça a mudança que propõe, seja a mudança, e nós, amantes iniciantes da arte, teremos você para nos inspirar. Obrigada !

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    1. Oi Cassia, que belo discurso, vc está certíssima em tudo que disse. Aliás não sou dona de nenhuma verdade além da minha própria e nem eu nem ninguém com nenhuma autoridade vai poder contrariar a experiência que vc teve dançando ali naquele dia. Guarde isso com carinho sempre. Mesmo sem experiência sua sensibilidade avaliou muito bem a situação quando diz em que contexto vc estava dançando, etc. A questão é que eu estou nesse ramo há 20 anos e fiz trocentas feiras como aquela. Durante todos esses anos SEMPRE batalhei por várias coisas e tive um grupo RAIES, que não dirijo mais, onde pude experimentar algumas coisas e outras não consegui solucionar. Esse texto é um desabafo de uma profissional de anos de trabalho e que ajudou a levantar o flamenco no Brasil. Provavelmente sua professora se formou no Raies direta ou indiretamente. Não fiz minha crítica ali na Feira quando estava com microfone na mão por exemplo, porque naquele contexto estava em questão tudo isso que vc falou. Fiz minha crítica, severa, aqui, no meu blog, onde posso expor minha opinião. E como tenho bastante conhecimento de flamenco, e sempre atuei como diretora e pensadora dessa arte (sempre), apesar de já ter largado o flamenco (me enchi da mesmice) tive o impeto de falar tudo isso. E o que me deixou mais feliz foi perceber que toda geração de 20 anos atrás está também se sentindo cansada...... e essa morte não é só no Brasil Cassia, o flamenco está em crise na Espanha. Nós conversamos com os principais profissionais de lá e o problema se estende. Esses textos que escrevo, são lindos por pessoas que vc vê nesses vídeos maravilhosos de flamenco, porque ou tenho contato com eles, ou ficam sabendo por aqueles que tenho contato. Estamos todos pensando flamenco, repassando. Não tô de brincadeira chutando o pau da barraca. É de propósito, COM propósito. Portanto existem várias realidades dentro da mesma realidade. A minha não exclui a sua. E assim com carinho e civilidade tenho certeza que eu posso te acrescentar e vc a mim pois a vida é uma troca de saberes sempre!!! Sendo assim nega: obrigada. Sempre bem vinda.

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    2. Sim, Dani, obrigada mais uma vez, entendi com maior clareza ainda, a que pontos, a que aspectos se refere, mais claro ainda ficou seu posicionamento quando responde ao meu post. Da mesma forma eu faria fosse algo da minha realidade profissional diária. Pena não estar mais ligada ao Flamenco de forma direta. Soube de suas aulas de interpretação, expressão corporal, dentre outras, cuja referência é das melhores. Recado dado, eu espero que os profissionais tenham absorvido a essência do que expressou e busquem por essa visão e aprimoramento. Ganharemos todos, seja qual posição cada um ocupe no mundo da dança flamenca : aluno, professor, admiradores, platéia...todos. Ganha respeito maior quem acolhe com coração aberto e (serei redundante !) com respeito a diversidade, assim como fez comigo, ao acolher meu post e respondê-lo com tanta educação e resiliência. Grata ! Namastê !

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  2. Oi Dani,
    Atravez da pagina da Deborah vi seu blog e achei super interessante, entao, resolvi escrever aqui pra voce e contar o que tenho sentido sobre o flamenco aqui onde estou morando.
    Primeiro quero dizer que, realmente, muitas pessoas ainda nao sabem receber uma critica, por mais dura que seja e tirar proveito disso. Eu me lembro acho que foi a primeira vez quando teve um evento flamenco, provavelmente, o comeco da Feira Flamenca, no clube Esperia, nao sei se foi no ano de 2003. Mas o que lembro foi que eu participei de um workshop seu, onde vc queria que trabalhassemos expressao corporal com um pouco de flamenco, nao lembro exatamente, mas indiretamente iria ajudar no nosso flamenco. Lembro que voce era bastante dura com as pesssoas, mas num bom sentido, so que muita gente nao entendia isso, e algumas garotas sairam no meio do seu workshop, ou chorando ou reclamando.
    No final do dia teve uma como se fosse uma mesa redonda e voce fazia parte e quis ficar pra ouvir voce falar e lembro de novo que alugmas meninas ao meu lado de novo te criticaram.
    Na verdade, acho que isso, posso ate estar errada, mas mostra muita imaturidade, egocentrismo ou ate falta de auto-estima, que as pessoas nao sabem ouvir criticas. Realmente, isso ate a principio pode chatear, mas acho que e importante para a evolucao, para a construcao de algo que estejamos trabalhando.
    Aqui onde estou morando, como dizem, "no pais de primeiro mundo", me decepcionei muito com o flamenco. Imaginei que aqui fosse ser algo bem forte, muita coisa acontecendo, mas sinceramente, a escola da Deborah e de primeiro mundo, num "pais de terceiro mundo".
    A comunidade aqui e muito pequena, posso falar que ha uma professora que se empenha em fazer um bom trabalho. Eu nao sou profissional, nunca fui, sai dai da escola da Deborah como uma 'intermediaria", mas posso dizer que amo a danca, e tenho muito respeito por essa arte.
    Aqui as pessoas nao sao muito unidas na comunidade, temos falta de bons professores, musicos entao, nem se fale, muito escasso ainda, nao se compara com os artistas que temos ai.
    As pessoas querem mostrar quem sabe mais, quem faz mais, quem bate o pe mais forte, quem se mostra mais bonita em frente ao espelho. Nao sei, nao me sinto motivada aqui como me sentia ai.
    Professoras querendo montar coreografias complicadas para meninas que ainda nao estao preparadas, meninas querendo ja dar aula so porque fizeram alguns anos de flamenco,ou porque foram pra Espanha para fazer workshop por uma semana, ou porque fazem aula de ritmo e acham que ja sabem todos os compas. Para mim, isso e uma grande falta de respeito com a danca e com as pessoas que estao iniciando e querendo conhecer essa arte.
    Uma outra coisa que aconteceu comigo e achei um absurdo foi, eu estava fazendo aulas com uma professora que tem bastante conhecimento, e por motivos de precisar cuidar do meu filho e financeiro tive que parar por um tempo. Essa professora tem uma lista de emails que ela passa informacao sobre flamenco, o que ela fez foi me excluir dessa lista so pq precisei parar, ou seja, nao posso receber informacao so porque ja nao faco a aula dela??? Pra mim foi uma ignorancia. Uma outra professora, ao contrario, nunca excluiu nenhuma garota de sua lista pelo falto de ja nao dancarem mais com ela, continua passando o conhecimento mesmo por email, o que acho nobre da parte dela.
    E como voce mencionou, muitas nao tem nocao do proprio corpo, da expressao corporal, ou do funcionamento do corpo num todo, dos musculos e ja saem dando aulas, fazendo as pessoas baterem os pes sem nocao nenhuma.
    E uma pena como as pessoas conseguem banalizar uma arte tao linda e tao rica.
    Sinto muita falta do ensinamento que tive enquanto estava na escola da Deborah e daqui de longe torco por ela e sinto um puta orgulho pela evolucao da escola e de todo esse evento crescendo cada vez mais.
    Parabens a voces!!!
    Bom, preciso ir, atrasada para o trabalho, mas precisava escrever isso.
    Beijos, Simone...

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