Por que ficamos nos separando em nações, em países?? Que real utilidade tem essa separação e o que a sustenta, já que dentro das nações existem povos tão distintos? Se é por facilidade de governabilidade então temos que re-dividir tudo porque não está nada boa a governabilidade. Se é por tamanho, pela historia de lutas e conquistas.... será que essa separações não estão sendo empecilhos para melhores formas de organização social? Empecilhos (esta palavra devia ser com i, não gosto com e) para consciência globalizada? Empecilhos para diminuição de guerras, conflitos raciais, etc. Não faço nenhuma questão de ser brasileira, estou mais interessada em ser terrestre no momento. galáctica no futuro.
Quando dividimos nossa casa com nossa família, nos preocupamos com cada um dos indivíduos que formam esse grupo. Não nos preocupamos da mesma forma com aqueles que eventualmente viverem conosco e não forem da nossa família, sem laço sanguineo, até que tenham desenvolvido laços afetivos. Outros que trabalhem naquele ambiente, a não ser que o façam por muito anos e possam desenvolver tal laço, serão considerados com uma diferenciação em relação aos outros. E assim começamos a separar as pessoas.
Mas quando nos tornamos mais maduros, nos tornamos mais generosos, passamos a compreender e a proteger um número maior de pessoas com quem nos relacionamos. Isso é bem mais eficaz se a estrutura social em que estivermos inseridos for propicia para isso. Então se paraticipo de um bairro que desenvolveu mecanismos de dialogo e participação dos seus membros, esse mecanismo propicia que eu me interesse pelos outros, divida com eles minhas dificuldades e juntemos forças para resolver nossas questões sejam comuns ou não. Isso pode ir sendo pensado em grupos cada vez maiores e assim construimos o sentimento de solidariedade, cidadania e passamos a atuar na coletividade do planeta.
Se não jogo lixo na sala da minha casa, por que jogo na rua? Porque a rua não é "minha". Se protejo meu filho do frio, por que não protejo uma criança na rua? Porque essa criança não está na minha responsabilidade, não é minha.
Mas sabemos que é uma criança igualzinha a meu filho, com as mesmas necessidades e talvez sem as mesmas oportunidades.
A estrutura social que estamos vivendo nos incentiva a ficar olhando só pra nossa família, nossa casa, nosso filho. Nos separa. Nos separamos em moradias, em bairros, cidades, países, grupos religiosos, raças, grupos culturais, etc, etc, etc.
A noção de coletivo e de globalização vem crescendo porque as fronteiras foram destruídas e ridicularizadas pela internet. Hoje sem passaporte nenhum podemos entrar ao vivo na casa de alguém, mesmo que não seja de corpo presente, podemos ficar sabendo o que está acontecendo ali imediatamente. Podemos ver paisagens que talvez nunca víssemos na vida e tantas outras coisas que nos tornaram mais unidos mundialmente. Podemos fazer amizades com gente do mundo todo e até conversar em qualquer língua....
As fronteiras não existem mais em alguns âmbitos de nossas vidas. E se quisermos podemos começar a pensar estruturas totalmente diferentes de organização social, espacial, numa nova sociedade global.
Claro que para isso o primeiro muro a ser derrubado é o do: MEU e SEU.
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