experimento da fenda dupla na física quântica em versão animada
Se seu pensamento, seu entendimento do movimento das coisas é linear, ou seja, se vc entende que para cada causa há um efeito, e que para sua situação atual existe uma causa alojada em seu passado, em suas experiências vividas, e de preferência, nos sofrimentos, então, não há saída para vc; seu presente estará sempre aprisionado em causas fora do seu controle e vc passará sua vida tentando corrigir falhas vividas.
Mas será que funcionamos assim mesmo? Como será que funcionamos? Será que funcionamos dessa forma porque entendemos que as coisas acontecem assim e, talvez, se entendermos as coisas de outro jeito funcionaremos de outro jeito?
Não podemos dizer com isso que somos máquinas programáveis onde basta mudar o software que se comporta de outra forma. Não somos máquinas, criamos máquinas. Não temos software, criamos os programas. Somos os deuses e não as criaturas, como querem que acreditemos.
Não estamos com essa afirmação tentando gerar uma discussão teosófica, mas apenas deslocar nosso lugar na ordem das coisas. O único grande mal (único é um exagero poético) é não estarmos no comando de nós mesmos.
Então um modelo de comportamento é inventado e passamos nossa vida tentando nos adequar a ele. E nunca conseguimos porque é apenas um modelo e a vida é feita de exceções.
Somos todos e cada um, exceções. Não há nada que funcione ou aconteça IGUAL entre nenhum de nós. Nem em nós mesmos. Muitas experiências se repetem, muitas vezes temos a sensação de que estamos passando pelas MESMAS situações, sofrimentos, mas não são as mesmas; são outras, novas, embora parecidas, semelhantes, mas nunca as mesmas porque “não se cruza o mesmo rio duas vezes” NUNCA. E somos um fluxo continuo como um rio.
É certo que fazemos enorme esforço (inconsciente) para repetir ações e reviver situações, mas não podemos.
Então por que continuar se esforçando pelo impossível?
E se a cada situação pudermos olhar como nova, diferente, talvez encontremos outras possibilidades, outras soluções. Porque enquanto olharmos para aquela experiência achando que está se repetindo, então teremos sempre as mesmas conclusões, as mesmas soluções; e aí tudo parece acontecer outra e outra vez. Mas o que está se repetindo não é a situação, mas nosso olhar sobre ela.
E como estamos correndo atrás de um modelo, pré-estabelecido, criado para um super-ser não existente, mas apenas teórico, não mudamos nosso olhar. Apenas acreditamos que estamos errados, sempre errados e, portanto culpados pela incapacidade de corresponder ao modelo. Infelicidade infinita!!! Frustração e destruição completa da auto estima.
Damos ao modelo/DEUS, o valor supremo, absoluto, de acerto e perfeição; e como devemos ser à Sua imagem e semelhança não conseguimos nunca ser droga nenhuma: nem o modelo nem nós mesmos. Ficamos no limbo, porque não sabemos quem somos e não tomamos as rédeas de nossas vidas. As determinações do que devemos fazer ou sentir ou ser todos os dias estão num manual que não foi escrito para nós, para nenhum de nós. E mesmo quando nos rebelamos e criamos fugas desse modelo, estamos ainda dentro dele.
Não existem duas amebas que se comportem exatamente da mesma forma; mas existe um padrão de comportamento para amebas. Claro que as amebas não estão nem aí para esse padrão de comportamento, e caso uma delas saia desse padrão, ou um monte delas, então um novo padrão de comportamento amebístico terá de ser criado. E os padrões devem ser categorizações amplas para servirem, pois se tentar padronizar particularidades fica impossível.
No nosso caso ficamos correndo atrás dos padrões estabelecidos para nós, para nossas categorias: se vc for mulher tem alguns padrões, para homens outros, para crianças homens outros, para velhos mulheres outros e assim vai. E quanto mais damos importância as particularidades, às diversidades, mais padrões temos que ficar criando pra ninguém ficar “desencaixado”... Nesse caso as amebas parecem mais inteligentes quando não se importam com seus padrões de comportamento....
Parece pouco, mas é muito.
A questão é: como é que esse negócio de padrão entra na gente e determina tanto nossa vida? Será que sua experiência dos acontecimentos da sua vida teria sido diferente se vc não estivesse adaptado a uma categoria? Será que nossos sentimentos são espontâneos e nascemos com uma “natureza” tal que independe de tudo e de todos?
Bom, aí vem o padrão genético pra calar nossa boca!!!!
Tem gente que pensa que por ser materialmente auto suficiente é dono do seu nariz, tem as rédeas da própria vida, o poder sobre si mesmo! Esse é o pensamento mais comum afinal o poder hoje é econômico.
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