2012
Novo ano, novo mundo, nova física, novos sistemas de comunicação, novos conceitos de relacionamento... ainda temos muito que mudar, mas decididamente já entramos num NOVO CAMINHO.
O novo pode parecer interessante, fácil, mas todos sabemos o quanto é difícil para nós, filhos da cultura do apego, mudar; o quanto é difícil, para nós filhos da cultura do controle, nos movimentar. Mas essa dificuldade é apenas uma impressão, é apenas a impressão que nosso Ego (seja lá o que isso for), tem do movimento, da falta de controle. Em verdade, o ciclo constante de morte e renascimento está em nós. Se trazemos em nosso DNA nossos padrões, o movimento é nosso padrão mais profundo e o desapego é nossa natureza primeira.
E por ser Natureza não estamos falando de um movimento desordenado, inconsequente, mas do constante movimento sob LEIS, que não são regras, que dão sentido ao Universo.
Nossa civilização, que mais parece um laboratório de experimentos onde somos as cobaias, chegou no limite da imagem que criou para si mesma; criamos um conceito de ser humano e civilização que comeu seu próprio rabo. Para sobreviver, nosso universo, estamos sendo obrigados rapidamente a nos reinventar.
Hoje no Dia Internacional da Mulher podemos comemorar a reinvenção dos gêneros. No novo mundo não estamos mais divididos em apenas 2 grupos: homem e mulher, mas distribuídos em múltiplas possibilidades de ser, de expressão. Nossos corpos não são mais suficientes para designar como nos comportamos, seja no mundo exterior seja na própria biologia. Os padrões estão de mãos atadas diante da explosão de exceções que vimos provocando na nossa humanidade. Nossas fronteiras estão hibridas e é preciso mais do que uma forma para determinar um comportamento.
Sendo assim nem todos os corpos que possuem seios, vaginas, pelos aqui e não ali, hormônios assim e não assado, estes e não aqueles órgãos, determinam uma MULHER.
Ser Mulher hoje é uma atitude
Uta Melle
Uta Melle, alemã, poucos dias antes de completar 40 anos recebeu o diagnóstico de câncer de mama nos dois seios que deveriam ser extraídos. Foi seu marido, publicitário, que a presenteou com um quadro de uma amazona que cortou o próprio seio para manipular melhor seu arco e flecha.
Uta criou o projeto AMAZONEN, que se tornou um livro, fotografando mulheres sem seios ou com próteses, enfrentando o preconceito e o conceito de mulher, de feminino, implantados em nossos chips.
O projeto não conseguiu patrocínio e sua exposição, por onde passou, tem provocado reações diversas da imprensa e dos espectadores.
Não há melhor expressão para comemorar este 08 de março de 2012.
vídeo sobre Uta Melle e o projeto AMAZONEN
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